quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pura Liberdade



 Essa poesia eu escrevi a alguns anos, antes de vir para Porto Alegre...

 

Nada como ser borboleta colorida que voa traçando seu próprio caminho
Que passa deixando somente a beleza de sua impressão
Que parte levando somente um pouco mais de liberdade do pouso de então
Que em cada parada se agrega no voo da libertação

Nada se compara à borboleta que voa e se expande
Não se preocupa em levar do lugar que partiu mais que a sua liberdade de seguir
Livre, serena e liberta na persistência da vida encantar e florir
Com as cores da autenticidade que só quem é liberto pode usufruir

Cores que não se comparam com essas misturas que fazem ai
Livre é a borboleta que voa e não deixa a vida lhe desbotar
Com essas tantas lavagens na alma tentando diariamente os voos parar
Insinuando que a mistura de cor da liberdade é prejudicial ao andar

Vida que pregam, liberdade massacrada que insinua para não sair jamais do casulo e achar que a vida é isso daí
Acomodar-se com a escuridão e as migalhas que jogam para a gente sorrir
Viver nessa depreciação e achar que não há nada pra descobrir
Definhar lentamente achando a felicidade é se auto inibir

Livre e feliz é a borboleta, que não se deixa alienar, por essa sociedade que faz a gente
Envergonhar-se do voo que lateja lá dentro que poderia fazer-nos virar
Borboleta que vê que a vida não é o casulo o lugar para morar

Por isso eu ainda vou ser borboleta liberta sem nada a me  prender
Levando a cor que nasceu comigo e me faz distinta ser
Buscando nada mais que a permanência do voo liberto, para sempre borboleta, poder me manter.